sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Migrações

Os legisladores do Arizona, nos Estados Unidos, aprovaram uma lei anti-imigração ilegal que foi muito criticada mundo afora. O repórter André Petry, da revista Veja, lembrou que a sociedade estadunidense foi construída por gerações de imigrantes e que mesmo os pioneiros das treze colônias eram migrantes ingleses. Portanto, segundo Petry, os ianques deveriam ser mais tolerantes com os estrangeiros que para lá se mudam.

Na verdade, o mundo inteiro é formado por migrantes, com exceção, talvez, da África, onde teria surgido o "homem original", segundo a paleantropologia tradicional. Ou seja, os próprios índios americanos seriam nômades que teriam chegado ao nosso continente atravessando o Estreito de Bering. E o fato é que, até bem pouco tempo na história da humanidade, não havia convivência pacífica, em geral. Muitas vezes, os ocupantes de um lugar rechaçavam violentamente novos povos que tentavam ocupar seu espaço. Até serem dominados por invasores mais fortes.

Mas a história não justifica a onda xenofóbica que se espalha pelos Estados Unidos e por alguns países da Europa ocidental. O que diferencia os movimentos migratórios atuais dos de séculos passados é que os migrantes de hoje almejam apenas usufruir de um pouco dos benefícios que os países desenvolvidos conquistaram (por vezes às custas do subdesenvolvimento de outros), sem subjugar ninguém. Ao contrário, por exemplo, do que fizeram os europeus que se espalharam pelo globo a partir do século XV.

domingo, 8 de agosto de 2010

Cinema: meu umbigo viu

A pedidos, estou colocando aqui no blog (veja na coluna da direita) links para todas as resenhas críticas que escrevi sobre cinema. Embora eu seja rigoroso com algumas produções cinematográficas, não fui muito rigoroso comigo mesmo em diversos textos. Há resenhas de que me orgulho um pouco, outras que são muito superficiais e algumas das quais eu certamente me envergonharia se as relesse.

O objetivo das tais resenhas era registrar meu parecer sobre determinadas obras. Um pouco até para mim mesmo, para me ajudar a pensar sobre elas (quando isto valesse a pena). Mas nunca tive a pretensão de "formar opinião". Existem jornalistas que ganham dinheiro para isso; eu escrevo de graça, meu único compromisso nas críticas é com minhas próprias ideias. Se você concordar com elas, ótimo. Se não concordar, ótimo também.

Em tempo: a última resenha foi escrita há quase cinco meses. O filme, portanto, mesmo se tratando de um blockbuster, já saiu de cartaz. Se você se interessar pelas resenhas e achar que eu as devo continuar escrevendo, deixe um comentário. Quem sabe eu me animo?